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Teste antitruste sobre pesquisa do Google definido para abrir

O caso antitruste do Departamento de Justiça contra o Google e seu domínio nos mecanismos de busca está marcado para começar na terça-feira.

O caso, EUA e outros v. Google, concentra-se no popular mecanismo de busca da empresa, alegando que o Google usou sua participação de mercado de 90% para limitar ilegalmente a concorrência tanto em busca quanto em publicidade em busca. Este é um dos vários casos antitruste contra a empresa. Em janeiro, o DOJ abriu um processo antitruste contra o Google, relativo ao papel do Google como corretor de publicidade, editor e leiloeiro.

Vá mais fundo: Federais finalmente abrem processo antimonopólio sobre adtech do Google

As acusações. O governo federal alega que o Google está prejudicando os consumidores ao sufocar a inovação nas ferramentas de busca online e ao limitar a escolha.

O Google manteve um monopólio ilegal sobre a busca online por meio de acordos exclusivos que pré-instalam seu aplicativo de busca nos dispositivos, argumentou o DOJ. Isto, alega o governo, permitiu que o Google se tornasse o mecanismo de busca dominante sobre seus rivais.

Os promotores federais provavelmente argumentarão que o Google não está permitindo um mercado livre de rivais que poderiam oferecer opções de pesquisa com melhores vantagens técnicas – como a velocidade com que os resultados da pesquisa são apresentados – e em opções políticas, como práticas de privacidade de dados mais rigorosas.

A defesa. O Google rejeitou fortemente as alegações de comportamento anticompetitivo. A empresa argumenta que seus produtos e serviços são mais populares porque são simplesmente melhores, e não porque o Google tenha afastado o campo de atuação de potenciais rivais.

Espera-se também que o Google argumente que seus contratos para serem mecanismos de busca padrão nos navegadores não são exclusivos e não limitam a concorrência. A empresa argumenta que os usuários podem facilmente definir um novo mecanismo de busca padrão e que seus contratos não limitam o acesso a outras opções de busca.

Por que nos importamos. Três palavras: otimização de mecanismos de pesquisa. Nos EUA, o mecanismo de pesquisa que você otimiza é o Google. Se a empresa perder, isso terá implicações enormes na forma como os gigantes da tecnologia operam e na forma como os consumidores acessam as informações online.

O que está em jogo. Os EUA e os aliados estaduais não estão buscando uma penalidade monetária, mas sim uma liminar que impeça o Google de continuar com as alegadas práticas anticompetitivas. Tal ordem poderia ter implicações comerciais significativas para o Google. Por exemplo, o governo disse no seu processo que o tribunal poderia desmembrar a empresa como solução.

De forma mais ampla, o Departamento de Justiça pode argumentar que quer impedir a Google de aproveitar o seu alegado monopólio de pesquisa para fazer acordos exclusivos em mercados emergentes, incluindo inteligência artificial.

O caso é amplamente visto como um dos maiores desafios ao poder da indústria tecnológica desde que o DOJ processou a Microsoft em 1998 pelo seu domínio no mercado de computadores pessoais. O tribunal de primeira instância concluiu que a Microsoft tentou ilegalmente bloquear o navegador rival Netscape Navigator. Mais tarde, a Microsoft chegou a um acordo que deixou a empresa intacta.

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